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O MANEJO DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES DURANTE A PANDEMIA

Nos últimos meses algumas pesquisas demonstraram o impacto do fator psicológico na população, em detrimento das implicações do novo coronavírus (COVID-19). A maioria das evidências científicas apontaram repercussões negativas, como por exemplo, sintomas de estresse pós-traumático, raiva e confusão. Essas reações estão relacionadas ao medo da infecção, a duração da quarentena, instabilidade financeira, frustração, ócio, alimentação inadequada e excesso de informações incoerentes. Os estudos também mostraram que crianças e adolescentes parecem ser mais susceptíveis a um risco maior de estresse pós-traumático. 

As mudanças emocionais ocasionadas pelo estresse acabam influenciando no comportamento alimentar, como por exemplo, comer excessivamente, aumento da frequência (“beliscos”) da alimentação, episódios frequentes de compulsão alimentar e restrições calóricas severas. Neste contexto se inserem os transtornos alimentares (TA). Os pacientes com TA possuem alto risco de retornar ao quadro inicial e/ou piorar o estágio de gravidade em uma situação de quarentena. Estes processos estão relacionados principalmente à carência de tratamento psicológico, menor possibilidade de se exercitar (o que amplia o medo do ganho de peso), estocagem de alimentos desnecessária, maior exposição à ultraprocessados, maior tensão nas relações pessoais familiares e solidão.

O estresse crônico, independentemente da pandemia, está associado a uma maior preferência por alimentos ricos em energia, com alto teor de açúcar e gordura. Fica mais claro entender o porquê de muitas pessoas preferirem pizza, batata frita e chocolate na quarentena. Preocupado ou assustado, o indivíduo procura carboidrato simples (açúcar, xarope de milho, xarope de frutose e etc) e gordura para suprir a energia. Além disso, esses alimentos funcionam também como uma espécie de “tranquilizante”. 

Entretanto, buscar o conforto para o estresse na comida poderá aumentar o risco de obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, crises de ansiedade e depressão. Durante o estresse o cérebro libera vários componentes para a corrente sanguínea, como por exemplo, a adrenalina, o cortisol e a glicose hepática/muscular. Quanto maior o uso da glicose pelo corpo em reação ao estresse, mais intenso será o apetite após a situação estressora. Concentrações elevadas de cortisol circulantes também resultam na fissura por alimentos gordurosos/açucarados, ocasionando maior sentimento de culpa e mais estresse. O excedente calórico também acaba em mais armazenamento de gordura e danos ao organismo. 

Para interromper esse círculo vicioso é imprescindível encontrar atividades que controlem a tensão, como por exemplo,  exercícios físicos feitos em casa, sessões de meditação, ioga e cuidar da alimentação. Seguem abaixo algumas sugestões:

  • Priorize alimentos in natura e minimamente processados (frutas, verduras, legumes, arroz, feijão, ovos, queijos magros, leite desnatado, carnes magras, peixes, grãos integrais, sementes, oleaginosas, azeite de oliva e etc).  
  • Fique atento ao tamanho das porções. Em vez de comer ou beber das próprias garrafas, caixas ou pacotes, recomenda-se fazer as refeições em um prato ou tigela. Estudos mostram que o uso de pratos menores leva a comer menos.
  • Evite se alimentar enquanto executa outras atividades, tratando as refeições como uma atividade singular e com valor próprio. Sente-se, coma devagar e mastigue algumas vezes antes de engolir, apreciando texturas, aromas e sabores, o que é bem-vindo inclusive para a digestão e o corpo processar a sensação de saciedade (o que evitará excessos).
  • Repagine o estoque alimentar com alimentos in natura e minimamente processados! Pesquisas mostram que cercar-se de alimentos saudáveis aumenta a probabilidade de comer de forma adequada. Quando alguém está estressado, o apetite se concentra no que está à sua frente (na altura dos olhos). 
  • Evite o “comer emocional”. Em vez de descontar o estresse na comida, procure minimizá-lo com outras atividades que ativem suas zonas cerebrais de prazer e recompensa. Por exemplo, caminhadas ao ar livre, passar com o cachorro, jogos com as crianças, chamada de vídeo com familiares/amigos, ouça uma música relaxante e tome um banho quente. 
  • Além da nutrição adequada, a boa saúde se fundamenta na manutenção de padrões de sono adequados e exercícios físicos regulares. Procure respeitar horários regulares de sono (no mínimo 8 horas por noite) e adequar uma rotina de atividade física ao ambiente doméstico. 
  • Uma vez percebida a dificuldade em normalizar os padrões alimentares ou a incapacidade de gerenciar o estresse, convém procurar ajuda profissional com médico, psicólogo, nutricionista e/ou outros profissionais de saúde, de forma presencial ou remota.

Ficou com alguma dúvida? Procure o seu nutricionista para maiores informações e esclarecimentos!

REFERÊNCIAS

-DiGuiseppi, G. T., Davis, J. P., Leightley, D., & Rice, E. (2020). Predictors of Adolescents’ First Episode of Homelessness Following Substance Use Treatment. The Journal of adolescent health : official publication of the Society for Adolescent Medicine, 66(4), 408–415. https://doi.org/10.1016/j.jadohealth.2019.11.312

-Touyz, S., Lacey, H., & Hay, P. (2020). Eating disorders in the time of COVID-19. Journal of eating disorders, 8, 19. https://doi.org/10.1186/s40337-020-00295-3Touyz, S., Lacey, H., & Hay, P. (2020). Eating disorders in the time of COVID-19. Journal of eating disorders, 8, 19. https://doi.org/10.1186/s40337-020-00295-3

-Weissman RS, Bauer S, Thomas JJ. Access to evidence-based care for eating disorders during the COVID-19 crisis [published online ahead of print, 2020 Apr 27]. Int J Eat Disord. 2020;10.1002/eat.23279. doi:10.1002/eat.23279

-Alvarenga, M.S., Dunker, K.L.L., Roman, E.C.B., & Philippi, S.T. (2014). Nutritional therapy for eating disorders. In: Philippi, S.T., & Alvarenga, M. Eating disorders: a nutritional view. Barueri: Manole, 26-229.

-Arlington, V. (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-V). In (5 ed.): American Psychiatric Association, 329-354. Available in: http://dhss.delaware.gov/dsamh/files/si2013_dsm5foraddictionsmhandcriminaljustice.pdf. DOI: 10.5007/1807-1384.2014v11n2p96.

Atenciosamente,

Tatiana Palotta Minari – CRN 50.979

*Nutricionista formada pela Universidade Federal de São Paulo/ UNIFESP.

*Doutoranda em Ciências da Saúde com ênfase em Diabetes pela FAMERP.

*Mestrado em Psicologia e Saúde com ênfase em Transtornos Alimentares pela FAMERP.

*Pós-graduação em Nutrição e Suplementação Esportiva: da Bioquímica e Fisiologia à Prática pela FAMERP.

*Atendimentos: 1- Clínica Estética e Nutrição; 2- Pelle Medical Center.

*Consultora de Controle de Qualidade e Segurança Alimentar para Restaurantes.

*Contato/ WhatsApp: (17) 981434200.

*E-mail: tatianaminari@gmail.com

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