MITOS E VERDADES DO JEJUM INTERMITENTE

MITOS E VERDADES DO JEJUM INTERMITENTE

Perder peso por questões de saúde ou por desejo estético, rodeado de perdições calóricas, sem dúvida é um enorme desafio. Infelizmente, as pessoas sempre acabam buscando uma nova estratégia da moda que promete “milagres”, como por exemplo, o jejum intermitente.

O jejum intermitente é uma estratégia nutricional de “não ingestão alimentar” muito utilizada pelos indivíduos que não conseguem estabelecer uma rotina de refeições ou que não se adaptam com as restrições convencionais. Existem diversos tipos de protocolos: Jejum de 12h, 16h, 18h e até mesmo 24h.

PUBLICO ALVO DO JEJUM

Em geral as pessoas que não são portadoras de doenças crônicas não transmissíveis, com os exames bioquímicos estáveis, podem realizar o jejum intermitente. MAS atenção, não é qualquer indivíduo que está preparado metabolicamente para realizar tal estratégia, sobretudo pacientes diabéticos e pacientes com transtornos alimentares.

EXERCÍCIOS FÍSICOS EM JEJUM

Evidências recentes mostram que esse tipo de intervenção dietética reduz a ativação de genes envolvidos com a termogênese, podendo afetar a perda de peso, além de ocasionar prejuízos à saúde, como por exemplo, o risco de hipoglicemia grave, diminuição do processamento cognitivo, da função psicomotora e do aprendizado verbal. Esse processo é oriundo do exagero de fatores estressores que podem comprometer negativamente a liberação de glicocorticoides, ocasionando um impacto na função neural.

JEJUM E A PERDA DE PESO

O jejum intermitente promove a perda de peso, entretendo vários ensaios clínicos evidenciaram que não difere de outras estratégias nutricionais, como por exemplo, a restrição calórica convencional. Além disso, a qualidade da dieta das pessoas que praticam o jejum geralmente é inferior das pessoas que praticam dietas convencionais.

Vale lembrar que o jejum intermitente é uma estratégia nutricional com começo, meio e fim e não um estilo de vida!

Quer saber mais sobre o tema? Procure um profissional nutricionista para maiores esclarecimentos.

Tatiana Palotta Minari – CRN 50.979
*Nutricionista formada pela Universidade Federal de São Paulo/ UNIFESP.
*Mestrado em Psicologia e Saúde com ênfase em Transtornos Alimentares pela FAMERP.
*Pós-graduação em Nutrição e Suplementação esportiva: da Bioquímica e Fisiologia à Prática pela FAMERP.
*Atendimentos: 1- Clínica Estética e Nutrição; 2- Pelle Medical Center.
*Consultora de Controle de Qualidade e Segurança Alimentar para Restaurantes.

Instagram: @tatiminari_nutririopreto 
Facebook: @NutriRioPretoTatiMinari

 

REFERÊNCIAS

Cherif, A., Roelands, B., Meeusen, R. et al. Sports Med (2016) 46: 35. https://doi.org/10.1007/s40279-015-0408-6

Dayi A, Cetin F, Sisman AR, et al. The effects of oxytocin on cognitive defect caused by chronic restraint stress applied to adolescent rats and on hippocampal VEGF and BDNF levels. Med Sci Monit. 2015, 21:69–75. doi:10.12659/MSM.893159

Headland, M.; Clifton, P.M.; Carter, S.; Keogh, J.B. Weight-Loss Outcomes: A Systematic Review and Meta-Analysis of Intermittent Energy Restriction Trials Lasting a Minimum of 6 Months. Nutrients 2016, 8, 354.

Kristie L O’Connor, Jenna L Scisco, Tracey J Smith, Andrew J Young, Scott J Montain, Lori Lyn Price, Harris R Lieberman, J Philip Karl, Altered Appetite-Mediating Hormone Concentrations Precede Compensatory Overeating After Severe, Short-Term Energy Deprivation in Healthy Adults, The Journal of Nutrition, Volume 146, Issue 2, February 2016, Pages 209–217, https://doi.org/10.3945/jn.115.217976

 

 

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