DIETA DASH

DIETA DASH

A hipertensão arterial atinge mais da metade da população mundial. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, o diagnóstico é dado por valores maiores que 130/85 mmHg (estágio inicial – HA leve). Este tema é tão relevante que começou a ser estudado há muito tempo atrás. No início da década de 90 o governo norte americano criou a “Dieta DASH (Dietary Approach to Stop Hypertension)”. Os principais objetivos da DASH são controlar/reduzir: a hipertensão, o consumo excessivo de sódio, o alto consumo de bebidas alcoólicas, o cigarro, o excesso de peso e o sedentarismo. Nesta mesma época estudos científicos começaram a apontar o potente efeito da ingestão de frutas, legumes, verduras, nozes e cereais integrais no manejo da doença.

O plano alimentar da dieta DASH constitui-se na incorporação de alimentos in natura ou minimamente processados ricos em nutrientes com potencial efeito hipotensor. Basicamente, a pretensão foi recomendar uma alimentação baseada na dieta vegetariana, mas que contivesse alimentos de origem animal, visando maximizar o alcance dos onívoros.

QUAIS ALIMENTOS SÃO PRECONIZADOS PELA DASH?

A dieta DASH preconiza o aumento do consumo de frutas, verduras, legumes, produtos lácteos com baixo teor de gordura, cereais integrais, peixes, aves e nozes e incentiva diminuir o consumo de carnes vermelhas e processadas, sódio e bebidas açucaradas. Recentemente um estudo avaliou adultos que mudaram o seu estilo de vida, tomando por base os pressupostos da dieta DASH. Os resultados mostraram atenuações dos níveis de PA e aumento da ingestão de nutrientes (potássio, magnésio, cálcio e fibras alimentares), que poderiam contribuir para redução/estabilização da PA. Sendo assim, a DASH vem sendo recomendada em diretrizes internacionais e nacionais, se posicionando no topo do ranking dietas alimentares com melhores evidências.

ADESÃO E POSSÍVEIS IMPACTOS NA SAÚDE COLETIVA

A dieta DASH representa uma intervenção potencialmente acessível e aplicável que poderia melhorar a saúde da população. Entretanto alguns estudos sugerem baixa adesão e seguimento ao regimento, destacando a importância de implementação de ações/ intervenções/ políticas públicas na vigilância nutricional do paciente hipertenso. Sugerem-se assim estratégias inovadoras monitoradas por equipes multidisciplinares que preconizem a prescrição de planos alimentares individualizados, orientações flexíveis, pouco restritivas, compatíveis com objetivos individualizados e direcionados para mudanças a longo prazo.

Fica a dica e boa semana a todos!

Tatiana Palotta Minari – CRN 50.979
*Nutricionista formada pela Universidade Federal de São Paulo/ UNIFESP.
*Mestrado em Psicologia e Saúde com ênfase em Transtornos Alimentares pela FAMERP.
*Pós-graduação em Nutrição e Suplementação esportiva: da Bioquímica e Fisiologia à Prática pela FAMERP.
*Atendimentos: 1- Clínica Estética e Nutrição; 2- Pelle Medical Center.
*Consultora de Controle de Qualidade e Segurança Alimentar para Restaurantes.

Instagram: @tatiminari_nutririopreto 
Facebook: @NutriRioPretoTatiMinari

 

REFERÊNCIAS

U.S. Department of Health and Human Services and U.S. Department of Agriculture. Dietary Guidelines for Americans. 8th Edition. 2015–2020.

Kim H, Andrade FC. Diagnostic status of hypertension on the adherence to the dietary approaches to stop hypertension (DASH) diet. Prev Med Rep 2016;28(4):525–31.

Vigitel, Brasil 2016. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. 2016.

Drehmer M, Odegaard AO, Schmidt MI, Duncan BB, Cardoso LO, Matos SMA, Molina MDCB, Barreto SM, Pereira MA. Brazilian dietary patterns and the dietary approaches to stop hypertension (DASH) diet? Relationship with metabolic syndrome and newly diagnosed diabetes in the ELSA? Brasil study. Diabetol Metab Syndr 2017,13(9):13-24.

 

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