O QUE É O EFEITO SANFONA?
Trata-se de uma variação de perda e ganho de peso corporal após uma intervenção dietética severa. Neste caso, o indivíduo contempla com uma grande perda de peso em um curto intervalo de tempo (semanas), mas volta ao seu estado nutricional inicial quando o processo é interrompido. Durante o reganho de peso, algumas pessoas podem conquistar até um pouco mais do que pesavam anteriormente.
COMO EVITAR O EFEITO SANFONA?
-Evite restrições calóricas radicais, visto que quanto maior for a privação, maior será a “economia” de energia”. Há uma tendência de o corpo diminuir sua taxa metabólica basal (energia mínima para manter as funções vitais) mediante ao aumento do histórico de restrições calóricas do indivíduo.
-Mude o seu mindset e o gatilho que te leva a executar determinado hábito: Não fique esperando que os alimentos saudáveis caiam do céu e que os profissionais da saúde resolvam seus problemas. Você é o protagonista desta mudança! Não corra atrás de métodos lunáticos e folclóricos que visem a perda de peso. Você demorou muito tempo para conquistar seu formato corporal atual e entenda que também levará um tempo para emagrecer. Desta forma, busque estabelecer novos hábitos que sejam sustentáveis a longo prazo.
-Invista em alimentos fontes de proteína (sobretudo fontes magras): As proteínas são essenciais para o ganho e a manutenção da massa muscular. O corpo gasta uma grande quantidade de energia para manter nossos músculos funcionando e contraindo diariamente. Os alimentos fontes de proteínas também proporcionam maior saciedade.
-Não se esqueça dos alimentos fontes de fibras, dando preferência aos carboidratos integrais, oleaginosas, verduras, legumes e frutas. Além de contribuírem para o bom funcionamento do intestino, as fibras também regulam os sinais de fome e saciedade.
-Tenha moderação na ingestão de doces. Isto não quer dizer que eles estejam proibidos. Não existe nenhum alimento isolado que proporcione o ganho de peso, mas sim o seu excesso.
-Mantenha-se ativo sempre! Faça o exercício que te dá prazer e que se encaixa ao seu perfil. Sendo assim, as chances de perpetuar tais hábitos são maiores.
-Atire para todos os lados na busca de profissionais da saúde (nutricionista, educador físico, psicólogo, médicos e etc) que proporcionem orientações e planos individualizados para um emagrecimento saudável e sustentável.
COMO MANTER O PESO?
Se emagrecer pode ser uma tarefa difícil, manter-se magro é ainda mais complexo, já que o corpo luta para voltar ao peso original. Isto acontece, porque se trata de uma adaptação biológica para tentar poupar o máximo de energia. Sendo assim, o corpo diminui a produção de hormônios que tiram o apetite (leptina) e eleva aqueles que aumentam a fome (grelina)”. Portanto, se faz necessário alguns ajustes da rotina para driblar a autossabotagem.
Outro problema que ainda pode surgir durante a pera de peso é o efeito platô, ou seja, quando o ponteiro da balança não abaixa. Por isso, é importante evitar dietas muito restritivas e não sustentáveis a longo prazo. As mudanças no plano dietético e no treino, indicadas por um profissional, ajudam minimizar o platô. Desta forma, é interessante o indivíduo incluir mais vegetais e fontes de proteínas magras, além de regularidade nos exercícios, visando assim o emagrecimento duradouro. A persistência na mudança de hábito é algo fundamental para se consolidar um novo comportamento, portanto, aprenda com os erros e sempre tente novamente!
Abraço e boa semana a todos!
Tatiana Palotta Minari – CRN 50.979
*Nutricionista formada pela Universidade Federal de São Paulo/ UNIFESP.
*Mestrado em Psicologia e Saúde com ênfase em Transtornos Alimentares pela FAMERP.
*Pós-graduação em Nutrição e Suplementação esportiva: da Bioquímica e Fisiologia à Prática pela FAMERP.
*Atendimentos: 1- Clínica Estética e Nutrição; 2- Pelle Medical Center.
*Consultora de Controle de Qualidade e Segurança Alimentar para Restaurantes.
Instagram: @tatiminari_nutririopreto
Facebook: @NutriRioPretoTatiMinari
REFERÊNCIAS
BRASIL. “Desmistificando Dúvidas Sobre Alimentação e Nutrição”. Ministério da Saúde. (2016).
GUYTON, A. C; HALL, J. E. Guyton & Hall – Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
THOMAS, D.T.; ERDMAN, K.A.; BURKE, L.M. American College of Sports Medicine joint position statement. Nutrition and athletic performance. Med Sci Sports Exerc, 2016, v. 48, n. 3.